por esses céus sem fim de azul bonança,
vela por mim que há tanto estou chorando,
distante da ventura e da esperança.
Retorna, Essencia, àquele tempo, quando,
juntinho à ti, eu era ainda criança,
dizias-me a sorrir, num gesto brando:
- meu filho, o amor das mães jamais se cansa.
E agora, que és do céu e que és de neve
Vem doce amor, pousar tua alma leve,
Por sobre a dor que o peito meu percorre.
Dá-me os carinhos teus que nunca tive,
- sublime alma de mãe que sempre vive,
- celeste alma de mãe que nunca morre!
Fortaleza, 1926
A mãe do autor (foto acima) chamava-se Maria das Dores Furtado de Paula (1883 - 1920)
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