e há quanto tempo estás longe de mim!
a nossa porta outrora confidente
parece estar sofrendo um mal sem fim.
Escuto ainda eterna e impenitente,
a gargalhada branca de marfim
que ela soltava infatigavelmente,
ao vires receber-me no jardim.
Tudo mudou. Entanto, agora ainda,
sempfre que o dia mansamente finda
e que me ponho triste a recordar,
ressoa levemente ao meu ouvido,
o infatigável vai-e-vem perdido
da nossa velha porta a gargalhar.
Fortaleza, 1927.
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