segunda-feira, 23 de maio de 2011

Para os teus cabelos

O teu cabelo louro
Caído suavemente pelo rosto,
Lembra-me um sol riquíssimo de ouro
Boiando em nuvens de manhãs de agosto.

Meu poema rico de arrebol,
Os teus cabelos são
Gargalhadas rútilas de sol
No róseo céu da minha devoção!

Esconde esses cabelos por piedade,
não os deixe a ondular!
Que eles me matam de saudade
que eles me matam de chorar!

Fortaleza, 1926

Nenhum comentário:

Postar um comentário